quinta-feira, 3 de maio de 2012




Faça uma pesquisa sobre a Filosofia Moderna e discorra sobre a mesma, destacando suas principais características.
"Filosofia moderna é toda a filosofia que se desenvolveu durante os séculos XV, XVI,XVII, XVIII, XIX; começando pelo Renascimento e se estendendo até meados do séculoXIX, mas a filosofia desenvolvida dentro desse período está fragmentada em vários subtópicos, e escolas de diferentes períodos, tais como René Descartes Gaardner: Ainda jovem, ele manifestou o desejo de conhecer a natureza do homem e do universo. Características Principais da Filosofia Moderna Historicamente falando podemos dizer que o termo moderno antecede o período que começa no século XVII, e este termo dava a idéia de oposição ao antigo ou ao anterior, designando o atual, o presente, na verdade estabelecendo uma ruptura com a tradição". Podemos dizer que a filosofia moderna surge em contraposição a Filosofia Medieval, por exemplo, se a Filosofia Medieval era escolástica, teologica, a moderna era humanista e antropocêntrica, isto é, em vez de pensar Deus, ou do ponto de vista de Deus, pensa-se o homem, ou do ponto de vista do homem. Duas noções fundamentais estão ligadas ao moderno: • A idéia de progresso, que faz com que o novo seja considerado o melhor; • E a valorização do indivíduo, ou da subjetividade como lugar da certeza e da verdade. Podemos dizer que quatro fatores históricos principais podem ser atribuídos a origem da Filosofia Moderna:n1. O humanismo Renascentista do Século XV; 2. A descoberta do Novo Mundo (1492); 3. A Reforma Protestante do Século XVI; 4. A Revolução Científica do Século XVII. Além disso, outros fatores históricos contribuíram também para a formação do Pensamento Moderno, como o mercantilismo como surgimento de outro modelo econômico e o surgimento e a consolidação dos Estados Nacionais (Portugal, Espanha, Inglaterra, França, Países Baixos). Ao Analisarmos esses fatores históricos e as suas peculiaridades poderemos perceber quais as características da Filosofia Moderna.O renascentismo tem sido visto como o detentor de uma identidade própria e que se desenvolveu uma concepção específica de filosofia que rompe com a tradição medieval.Talvez o maior traço do renascentismo seja o humanismo. O renascentismo foi buscar o lema do humanismo no filósofo grego sofista Protágoras. “O homem é a medida de todas as coisas”. Esse pensamento faz uma ruptura com o pensamento medieval, que sempre analisava as coisas do ponto de vista do sagrado, de Deus, uma visão extremamente teocêntrica, onde a teologia era o pensamento dominante, mas com o renascentismo este teocentrismo é quase todo deixado de lado valorizando o antropocentrismo. Durante o renascentismo o homem passa a ter dignidade e não mais a ser visto como o homem caído como no contexto Medieval. Essa mentalidade humanista levantada pelo renascentismo influenciou a filosofia, fazendo surgir um novo pensamento, a Filosofia Moderna. A descoberta do Novo Mundo por Colombo contribuiu decisivamente para o descrédito da Ciência Antiga. Revelou a falsidade da Geografia Antiga desde a questão da verdadeira dimensão da terra até o desconhecimento de novos territórios, assim também como a desmistificação daquelas narrativas antigas sobre regiões desconhecidas que em nada correspondem aquilo que foi encontrado. Outra questão foi o questionamento da suposta superioridade da moral cristã que é levantada por pensadores como Montaigne. Montaigne levanta a questão do ponto de vista do indígena mostrando que eles ensinam uma lição sobre nós mesmos, são como espelhos, apontando as fragilidades e expondo às inferioridades do homem Europeu O imaginário Europeu busca assim uma explicação sobre a Natureza desses povos que são essencialmente ambivalentes. A descoberta do Novo Mundo levantou uma filosofia Crítica a respeito da própria identidade do homem Europeu em contraponto aos povos descobertos nessas terras, podemos dizer que a descoberta da América deu início não somente a História Moderna como também a filosofia Moderna. A Reforma Protestante foi também grande contribuidora para a elaboração da modernidade, por exemplo, quando defende a idéia de que a fé é suficiente para que o indivíduo compreenda a mensagem divina nas Escrituras não necessitando de intermediação da Igreja, de teólogos, nem de concílios, representa na verdade a defesa do individualismo contra as instituições tradicionais, contra o poder adquirido e todos são colocados sob suspeitas. Podemos até mesmo colocar, sob um ponto de vista filosófico que a reforma aparece como representante da liberdade individual e da consciência como lugar da incerteza, contestando a autoridade institucional e o saber tradicional, posições que serão fundamentais no desenvolvimento do pensamento moderno, idéias essas que se encontram expressa no seu mais importante representante, Reneé Descates. Em resumo podemos dizer que a reforma contribuiu para a Filosofia Moderna com a crítica à autoridade institucional; valorização da Interpretação da mensagem da Escritura, pelo individualismo; ênfase na fé como experiência individual, características essas marcantes na Filosofia Moderna. A Revolução Científica moderna tem seu ponto de partida na Obra de Copérnico, quando ele defende que o Sol e não a Terra é o centro do Universo, esse fator representa um dos fatores mais marcante de ruptura, dando início a modernidade, exatamente porque ia de encontro com uma teoria estabelecida a vinte século, uma maneira na qual o homem Antigo e Medieval via a si mesmo e o seu mundo. Na verdade o que se percebe é que o sistema heliocêntrico de Copérnico, rompe com o modelo Aristotélico-Ptolomaico, colocando o Sol como o centro do Universo e não a Terra. Podemos dizer que duas grandes transformações levaram a revolução científica: • O Heliocentrismo • A valorização da observação e do método experimental. A Revolução Científica Moderna rompe de fato com a Ciência Antiga. Podemos dizer em síntese que a Revolução Científica rejeitou o modelo geocêntrico de cosmo substituindo pelo modelo heliocêntrico, deu à noção de espaço infinito, uma visão de natureza como possuindo uma “linguagem matemática”, ciência ativa x ciência contemplativa Medieval.A Revolução científica pode ser considerada como uma grande realização do espírito crítico humano, talvez tenha sido o triunfo da racionalidade contra o obscurantismo medieval. Conclusão Podemos concluir dizendo que humanismo renascentista coloca o homem como centro de suas preocupações éticas e políticas. A Reforma Protestante valoriza o individualismo e o espírito crítico, assim como as discussões de questões religiosas e a revolução científica a realização do espírito crítico humano com suas formulações de hipóteses em busca de explicação científica. Tudo isso são características do pensamento Moderno em oposição a Filosofia Medieval.



Um comentário:

  1. A Filosofia Moderna corresponde ao pensamento desenvolvido da metade do século XV ao final do século XVIII. O que chamamos de mentalidade moderna advém das transformações culturais, sociais, religiosas e econômicas que ocorreram na Europa deste período.

    Os historiadores da filosofia designam como filosofia moderna aquele saber que se desenvolve na Europa durante o século XVII tendo como referências principais o cartesianismo — isto é, a filosofia de René Descartes —, a ciência da Natureza galilaica — isto é, a mecânica de Galileu Galilei —, a nova idéia do conhecimento como síntese entre observação, experimentação e razão teórica baconiana — isto é, a filosofia de Francis Bacon — e as elaborações acerca da origem e das formas da soberania política a partir das idéias de direito natural e direito civil hobbesianas — isto é, do filósofo Thomas Hobbes.

    No entanto, a cronologia pode ser um critério ilusório, pois o filósofo Bacon publica seus Ensaios em 1597, enquanto o filósofo Leibniz, um dos expoentes da filosofia moderna, publica a Monadologia e os Princípios da Natureza e da Graça em 1714, de sorte que obras essenciais da modernidade surgem antes e depois do século XVII. Muitos historiadores preferem localizar a filosofia moderna no período designado como Século de Ferro, situado entre 1550 e 1660, tomando como referência as grandes transformações sociais, políticas e econômicas trazidas pela implantação do capitalismo, enquanto outros consideram decisivo o período entre 1618 e 1648, isto é, a Guerra dos Trinta Anos, que delineia a paisagem política e cultural da Europa moderna.

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