Dê
o conceito de Ontologia.
O
termo ontologia
foi
introduzido pelos autores escolásticos no séc. XVII. Rudolf
Goclenius, que mencionou a palavra em 1636, poderá ter sido o
primeiro a fazê-lo, mas o termo era de tal modo natural em latim e
começou a surgir tão regularmente que as disputas sobre quem detém
a prioridade da sua introdução são vãs. Alguns autores, como
Abraham Calovius, usavam o termo sem o distinguir demetafísica;
outros,
usavam-no como nome de uma subdivisão da metafísica. Johannes
Clauberg (1622-1665), um cartesiano, introduziu em seu lugar o termo
ontosofia.
No
tempo de Jean-Baptiste Duhamel (1624-1706), a ontologia distinguia-se
claramente da teologia natural. As outras subdivisões da metafísica
são a cosmologia e a psicologia, das quais a ontologia também se
distingue. Assim, o termo ontologia,
enquanto termo técnico, já existia quando foi finalmente canonizado
por Christian Wolff (1679-1754) e Alexander Gottlieb Baumgarten
(1714-1762).
Para
os autores mencionados, a ontologia trata do ser enquanto ser. O
termo “ser” era entendido univocamente, como se tivesse um só
sentido. A ontologia pode consequentemente reivindicar ter como
precursores João Duns Escoto e Guilherme de Ockham, e não Tomás de
Aquino. No caso do próprio Wolff, Gottfried Wilhelm Leibniz foi mais
influente do que a escolástica, mas na suaPhilosophia
Prima Sive Ontologia,
Wolff refere explicitamente Francisco Suárez. Segundo Wolff, o
método da ontologia é dedutivo. O princípio principal que se
aplica a tudo o que é é o da não contradição, que sustenta que
uma propriedade do próprio ser é que não pode conjuntamente ter e
não ter uma dada característica ao mesmo tempo. Daqui, pensava
Wolff, seguia-se o princípio da razão suficiente, nomeadamente, que
em todos os casos tem de haver alguma razão suficiente para explicar
por que qualquer ser existe em vez de não existir. O universo é uma
colecção de seres, cada um dos quais tem uma essência que o
intelecto é capaz de apreender como ideia clara e distinta. O
princípio da razão suficiente é invocado para explicar por que a
algumas essências foi concedida a existência e a outras não. As
verdades sobre os seres são todas necessárias. Assim, a ontologia
nada tem a ver com a ordem contingente do mundo. A influência da
escolástica tardia (ou o que Étienne Gilson chama “essencialismo”)
na metafísica racionalista foi paga na mesma moeda, pois a divisão
da metafísica em ontologia, cosmologia e psicologia reentrou nos
manuais escolásticos, onde persistiu até muito recentemente.
Juntamente com esta divisão, persistiu a perspectiva de que o ser
constitui um tópico independente para lá dos tópicos das ciências
especiais. A persistência desta perspectiva explica-se talvez por
factores culturais e não intelectuais. Nos séculos XVIII e XIX a
escolástica encontrava-se apenas em seminários, até o Papa Leão
XIII ter reintroduzido o tomismo no debate intelectual. Só deste
modo a escolástica conseguiu evitar a némesis (na forma de Immanuel
Kant) que esperava a metafísica
racionalista. Bibliografia: google.com.br,
http://criticanarede.com/ontologia.html
Ontologias de Domínio e de Aplicação do conhecimento do ser e as Ontologias de nível alto: descrevem tais conceitos muito gerais: tempo, espaço, evento, ação, etc. e também\: descrevem o vocabulário com respeito a um domínio genérico (por exemplo, medicina, arquitetura, etc.). A Ontologia antes mais nada ajuda conhecer o que vai estudar de forma objetiva e clara para depois for uma tese ou antese sobre que vai estudar. Ontologia é uma ferramenta utilizada para representar o conhecimento relativo a um dado domínio de conhecimento e tem o objetivo de estabelecer um vocabulário comum a uma comunidade de interesse. Podemos refletir, por exemplo, sobre a definição de banco. No domínio utensílios domésticos, banco significa um móvel utilizado para uma pessoa sentar. Banco também podem ser conta corrente, financiamento e investimentos.
ResponderExcluir